O comércio exterior é repleto de terminologia técnica, o que muitas vezes torna o entendimento do processo um desafio para quem não é especialista no assunto. Neste artigo, vamos decifrar dois termos frequentemente usados nesse contexto: “zona primária” e “zona secundária”. Vamos explorar o que esses conceitos significam, como eles se aplicam ao comércio internacional e quais são as implicações para as operações de importação e exportação.
Zonas Primárias e Secundárias: Um Vislumbre Inicial
Tanto a “zona primária” quanto a “zona secundária” são áreas aduaneiras. Em outras palavras, são locais designados e regulamentados pela Receita Federal para atividades aduaneiras, fiscalização e controle de cargas que entram ou saem do país. A maioria dessas áreas é operada por empresas privadas, embora algumas ainda permaneçam sob gestão pública, aguardando licitação ou concessão.
Zona Primária: O Ponto de Entrada e Saída
Na importação, a “zona primária” é o primeiro local de ingresso da mercadoria estrangeira no território nacional, vinda do exterior. Em outras palavras, são os portos, aeroportos e recintos alfandegados nas fronteiras onde a carga estrangeira entra no Brasil.
Na exportação, a “zona primária” é o local de saída da mercadoria nacional ou nacionalizada do território nacional com destino ao exterior. Novamente, portos, aeroportos e recintos alfandegados nas fronteiras desempenham esse papel.
Zona Secundária: O Restante do Território Aduaneiro
A “zona secundária” abrange o restante do território aduaneiro nacional. Isso inclui portos secos, Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros (CLIA) e Estações Aduaneiras do Interior (EADI). Essas áreas desempenham um papel crucial nas operações de comércio exterior, especialmente quando se trata de armazenagem e logística.
Estratégias nas Zonas Primárias e Secundárias
As zonas secundárias surgiram para aliviar a demanda das zonas primárias, que geralmente enfrentam um alto volume de operações de importação e exportação. A zona primária é projetada para ser uma área de passagem rápida, não de armazenagem. Portanto, qualquer operação que exija mais tempo para o desembaraço aduaneiro ou o uso de regimes especiais pode se beneficiar das zonas secundárias.
Em resumo, a zona primária muitas vezes envolve custos elevados de armazenagem, uma vez que os terminais nessa área não estão focados em armazenar cargas. Em contraste, a zona secundária normalmente oferece tarifas de armazenagem mais baixas e permite períodos de armazenamento mais longos, o que pode ser crucial para uma gestão mais eficaz das operações de importação e exportação.
Em nossos canais nas redes sociais, você pode encontrar informações adicionais sobre a cobrança de armazenagem em terminais alfandegados, tanto em zonas primárias quanto secundárias.
Entender a diferença entre zona primária e zona secundária é fundamental para o sucesso das operações de comércio exterior. Cada uma dessas áreas desempenha um papel específico e pode afetar significativamente os custos e a eficiência das operações de importação e exportação. Com esse conhecimento, as empresas podem tomar decisões mais informadas e otimizar suas estratégias de comércio internacional.
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Por Kleber Fontes