Você já se perguntou por que produtos importados no Brasil frequentemente têm preços exorbitantes quando comparados aos mesmos produtos vendidos nos Estados Unidos ou em outros lugares? Por exemplo, quanto você pagaria por uma webcam recém-lançada na China nos EUA e no Brasil? O que muitos estrangeiros notam é que, apesar de nossa alta carga tributária, o custo de vida no Brasil parece muito alto em relação à renda média.
Neste artigo, exploraremos a questão do protecionismo no Brasil. O protecionismo, em teoria, visa proteger a indústria nacional, mas na prática, e a longo prazo, pode ter efeitos contraproducentes e prejudicar o desenvolvimento industrial e tecnológico do país.
Protecionismo e seu Impacto na Indústria Nacional
Um estudo recente revela uma tendência preocupante. De 2005 a 2019, o PIB da indústria nacional brasileira caiu de 14,2% para 10,7%. Essa queda pode ser atribuída, em parte, às práticas protecionistas que limitam o acesso a tecnologias e produtos disponíveis no mercado internacional.
Imagine quantos dispositivos médicos avançados, essenciais para o tratamento de doenças complexas, não estão disponíveis no Brasil devido à alta carga tributária e à burocracia envolvendo a ANVISA, Receita Federal e outros órgãos regulatórios. Isso é uma manifestação clara do protecionismo na prática.
Para se ter uma ideia, entre os países do G20, o Brasil é considerado o mais protecionista, o que significa que tem uma abertura limitada para negócios internacionais. Quando um governo protege determinado setor, pode prejudicar outros, como se fosse um cobertor curto.
O Papel da Redução Tributária
A redução tributária na importação pode ser benéfica para todos os envolvidos. Os consumidores finais têm acesso a produtos importados a preços competitivos, enquanto a indústria nacional também se beneficia, especialmente quando a redução tributária se aplica tanto a produtos importados quanto aos fabricados no Brasil, como é o caso da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Se produtos importados, sujeitos a tributação federal e estadual, altos custos logísticos internacionais e burocracia alfandegária, conseguem competir no Brasil em relação à indústria nacional, algo precisa ser repensado na política econômica brasileira. A questão que fica é: por que países fornecedores de tecnologia conseguem produzir de forma tão competitiva?
O debate sobre o protecionismo no Brasil é complexo e multifacetado. Embora a proteção da indústria nacional seja importante, é crucial encontrar um equilíbrio que não prejudique o desenvolvimento tecnológico e a disponibilidade de produtos essenciais para os brasileiros. A redução tributária na importação pode ser uma das chaves para permitir que o Brasil permaneça competitivo no mercado global.
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Por Kleber Fontes